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Aislan Pankararu (Petrolândia, PE, Brasil, 1990) nasceu em Petrolândia, cidade no interior do estado de Pernambuco, sendo originário do povo indígena Pankararu. Em 2019, prestes a concluir sua formação em Medicina pela Universidade de Brasília, volta a praticar o desenho, atividade que remonta aos seus primeiros anos escolares. Essa retomada catalisou uma produção que, desde então, se desenvolve continuamente, expandindo-se para a pintura e a instalação. Hoje dedica-se com exclusividade à carreira artística e vive e trabalha em Salvador, na Bahia.

O trabalho de Aislan Pankararu tem como ponto de partida a memória viva de suas origens e a vontade de pensar imageticamente a gramática de sua ancestralidade. Desenhando e pintando de início sobre papel kraft e, posteriormente, sobre tela e linho (além da experimentação com o couro), o artista lança mão de recursos pictóricos tradicionais da pintura corporal de seu povo para elaborar seus traços e figuras. No campo tridimensional, referências aos materiais e elementos que constituem seus rituais e a paisagem da caatinga compõem instalações e trabalhos escultóricos. Em sua amplitude, as obras evocam a riqueza visual e simbólica dos Pankararu, fazendo ecoar sua luta e resistência, além do vigor de sua cosmologia.

Em 2020, em parceria com a comissão de Humanização do Hospital Universitário de Brasília (HUB), onde estudou, realizou sua primeira exposição, Abá Pukuá (“Abá” significa “homem” em tupi-guarani e “Pukuá” significa céu em kayapó). Em 2021, inaugurou a mostra Yeposanóng no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília. No mesmo ano, ilustrou os textos do projeto Teatro e povos indígenas, da n-1 edições; participou da Residência Kaaysá, em São Sebastião, São Paulo; e criou a ilustração utilizada como identidade visual do festival de música Indígenas.BR. Produziu as ilustrações do 1º Festival de Filmes Indígenas do Brasil, que aconteceu no Institute of Contemporary Arts, em Londres. 

Em 2023, participou da residência artística no People’s Palace Projects, em Londres, e lá realizou a individual Feel it ao fim da estadia. No mesmo ano, abriu Aislan Pankararu: mitocôndria ancestral, em São Paulo. 

Em 2024, abriu a individual Aislan Pankararu: Endless River, na galeria Salon 94, em Nova York. No mesmo ano, foi um dos vencedores do Prêmio Pipa.

Mais recentemente, em 2025, abriu a individual Caatinga Fractal e o Encontro da Terra Seca, Água Doce e Água Salgada, na Casa Rosa, em Salvador. 

Entre as coletivas de que participou, destacam-se:  Ensaios sobre paisagem (Inhotim, Brumadinho, 2024), Cosmo/ Chão (Oficina Francisco Brennand, Recife, 2024), Histórias indígenas (Museu de Arte de São Paulo — MASP, São Paulo, 2023); Refundação (Galeria Reocupa — Ocupação 9 de Julho, São Paulo, 2023); Brasil Futuro: as Formas da Democracia (Museu Nacional da República, Brasília; Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, Belém; Centro Cultural Ferrão, Salvador; Museu de Arte do Rio — MAR, Rio de Janeiro, 2023); Um século de agora (Itaú Cultural, São Paulo, 2022). 


Sua obra está presente em coleções públicas e privadas, entre elas: MASP (São Paulo, SP, Brasil), J.P. Morgan (Nova York, EUA), Acervo do Itamaraty – Embaixada do Brasil em Londres; Coleção Bernardo Paz (Brumadinho, MG, Brasil), Instituto Maracá (São Paulo, SP, Brasil); Coleção do Banco do Nordeste do Brasil — BNB (Fortaleza, CE, Brasil).

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